9 de março de 2011

ARTE NA MESOPOTAMIA: ASSÍRIA

Postado por célia ferrer às 21:23:00 0 comentários
A história da arte primitiva assíria data do século XVIII ao XIV a.C., mas é pouco conhecida. A arte do período assírio médio ou mesoassírio (1350 a.C. a 1000 a.C.) mostra sua dependência das tradições estilísticas babilônicas.
Os temas religiosos são apresentados de uma forma solene e as cenas profanas, de maneira mais naturalista.


Arquitetura

O zigurate foi a principal forma de arquitetura religiosa assíria e o uso de tijolos vitrificados policromáticos, muito comum nessa fase.
A arte assíria genuína teve sua época fulgurante no período neoassírio ou período assírio tardio (1000-612 a.C.). Com Assurbanipal II, que converteu a cidade de Nimrud (antiga Calah da Bíblia) em capital militar.





Vista dos muros de Nínive - Assíria


Dentro de seus muros, encontravam-se a cidadela e as principais construções reais, como o palácio do noroeste, decorado com esculturas em relevo.
Sargon II, que reinou entre 722 e 705 a.C., criou uma cidade de planta nova, Dur Sharrukin (atual Jorsabad), que estava rodeada por uma muralha com sete portas, três delas decoradas com relevos e tijolos vitrificados.
No interior, erguia-se o palácio de Sargon, um grande templo, as residências e os templos menores. Seu filho e sucessor, Senaqueribe, que reinou entre os anos de 705 e 681 a.C., mudou a capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, o qual denominou “palácio sem rival”.



palacio de Senaqueribe


Escultura

Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos esculturais.
A arte dos entalhadores de selos do último período assírio é uma combinação de realismo e mitologia. Mesmo nas cenas naturalistas, aparecem símbolos dos deuses.
Datam desse período, em Nimrud e em Jorsabad, fabulosas esculturas de marfim. Na primeira, foram encontradas milhares de pequenas figuras de elefantes, que manifestam uma grande variedade de estilos.


Pazuzu, demônio assírio da febre, estatueta de bronze do século VII a.C. Dessas figuras assírio babilônicas provêm as representações judaico-cristãs do diabo.


Eles esculpiam nas paredes dos palácios reais a história da constituição do seu Império, construído através de inúmeras guerras. Os relevos mostram os saques realizados nas cidades dominadas, as filas de deportados e cenas de soldados inimigos decapitados.


Detalhe de relevo assírio que mostra prisioneiros de guerra sendo transportados como escravos.



Ficheiro:Human headed winged bull profile.jpg
Baixo-relevo originalmente colocado à entrada do palácio Dur Sharrukin.

Os escribas assírios acompanhavam os exércitos nas expedições e anotavam como a batalha se passava. No retorno, os artistas se baseavam nos escritos e produziam os relevos, que eram supervisionados e orientados pelo rei e seus secretários.
“As paredes internas dos palácios eram de alabrastro, uma pedra macia e clara, o que facilitava a confecção da iconografia. As cores utilizadas nas obras originavam-se de pigmentos naturais e de minerais da Mesopotâmia”, complementa a pesquisadora Kátia Pozzer.
Apenas fragmentos das pinturas foram preservados, mas uma considerável quantidade de esculturas sobrevive. Os assírios foram um povo guerreiro e na arte se dedicaram a glorificar seus reis e exércitos; o tipo de trabalho mais característico era uma seqüência de painéis de pedra esculpidos com baixos-relevosrepresentando cenas militares ou de caça. Este tipo de relevo narrativo, disposto em torno de salões governamentais ou pátios, é uma invenção assíria e constitui sua maior contribuição para o mundo da arte.
Os reis assírios inovaram na representação de suas imagens quando passaram a associar símbolos religiosos e devoção aos deuses nos relevos e na estatutária deste período.
Fica evidente a relação entre guerra e religião: “toda conquista tinha uma justificativa religiosa. Os assírios assimilavam a guerra a uma luta contra as forças do mal.
Para eles, o rei assírio era instrumento da justiça divina, sendo sempre bom e justo, enquanto o inimigo era mentiroso, mau e impuro”.


As esculturas de alívio descrevem as infinitas batalhas dos exércitos assírios; para o rei inevitavelmente, é mostrado triunfante em cima de todo o mundo que tinha ousado opor-se ao império poderoso.
Às vezes o rei é retratado num acentuando ritual de poderes religiosos dele, ou então ele aceita o tributo trazido pelas muitas pessoas do império.
O rei poderia ser mostrado também como um caçador hábil que poderia despachar animais selvagens perigosos como leões e touros tão facilmente quanto ele pudesse conquistar os inimigos dele.


Detalhe de relevo assírio que mostra uma caçada.


A outra forma específica de escultura assíria era o Lamassu, um colossal animal alado, com cabeça humana, utilizado aos pares para flanquear a entrada de palácios.

A civilização assíria sucumbiu quando sua capital, Nínive, foi capturada pelos babilônios e medas em 612 a.C.


Relevo do palácio de Assurbanipal mostrando uma leoa ferida.


Baixo-relevo assírio representa a caça ao leão.


Os reis assírios construíram inúmeros palácios de madeira e tijolos sobre alicerces de pedra, decorados com relevos, estátuas metálicas, pinturas e esmaltes coloridos na parede. Pátios, salas, escadarias, corredores e jardins grandiosos e cheios de entrançamentos. Nos prédios haviam abóbadas, cúpulas e portas arqueadas ladeadas por grandes colunas.
A arte em menor escala também foi grandiosa em sua qualidade, leões e touros alados nos portões dos palácios.
Porém as esculturas em relevo no interior das paredes são consideradas as melhores criações artísticas desse povo. A representação humana não era tão articulada quanto a da natureza e dos animais, entre eles gazelas, leões, asnos, cavalos, cães e aves são o que bastam para colocar os assírios entre os maiores artistas do mundo.

Prisioneiros Israelitas tocando lira seguidos por um soldado Assírio.



ARTE NA MESOPOTÂMIA BABILÔNIA

Postado por célia ferrer às 20:09:00 0 comentários

 

Para melhor compreender a arte babilônica  é preciso remontar à origem dessa antiga civilização. Descobrir um povo como os sumérios, misterioso e ao mesmo tempo fascinante, através de vestígios deixados pelo tempo, propiciou aos historiadores da arte investigar os ancestrais da Babilônia, ou melhor, suas raízes. Esta culturadesenvolveu-se em um antigo reino, o do Oriente Próximo. Sua capital era justamente a Babilônia, localizada próxima à cidade de Al Hillah, no Iraque.

Não se sabe exatamente quando ela foi fundada, calcula-se que tenha sido por volta do quarto milênio a.C. No século XVIII a.C. ela já era o núcleo de um amplo império, durante o reinado de Hamurabi.

A arte suméria foi fonte de inspiração da sua produção artística pelo menos sob a primeira dinastia. Posteriormente a Babilônia foi dominada por outras culturas e no período de 722 a 626 a.C. permaneceu refém dos assírios. Após a derrota deste povo, a civilização babilônica atingiu seu apogeu, depois da reconstrução da cidade por Nabucodonosor II, que reinou de 605 a 562 a.C. e transformou a Babilônia em uma das maiores cidades da Antiguidade.

Possivelmente ele foi o responsável pela construção dos conhecidos Jardins Suspensos da Babilônia – terraços elevados, irrigados pelas águas do Rio Eufrates.

Outra preciosidade babilônica são os “animais-humanos”, principalmente leões com asas de águia. Este leão alado, muito encontrados nos objetos artísticos, é um verdadeiro símbolo deste povo.

Eles são vistos com frequência, nas pinturas, em combate com o deus protetor da cidade, Marduque. Alguns profetas associam o Rei Nabucodonosor com imagens semelhantes.

O leão, rei dos animais, e a águia, que governa os pássaros, simbolizam o apogeu do império babilônico, o poder e a glória. Os “animais-humanos” são assim chamados porque, no Antigo Testamento, no qual são muito mencionados, eles são descritos como entes fantásticos com expressões humanas e corpos de animais. Muitas passagens abordam estas figuras, também conhecidas como “quatro gênios”.

O aventureiro Henry Layard, ao analisar esta região, encontrou a primeira destas estátuas, construídas há milhares de anos. Foi necessário recorrer ao esforço de mais de trezentos homens para erguê-la do veículo no qual havia sido transportada, tamanha a sua grandiosidade.

A relação entre as citações da Bíblia e estas descobertas revelam que estas obras detinham um profundo significado para esses povos ancestrais, mas não há um consenso sobre ele. Alguns afirmam que estes seres eram deuses dos assírios, portanto protegiam os palácios reais. Outros pesquisadores asseveram que as estátuas são mais antigas e talvez remontem às construções dos sumerianos, assumindo assim um teor espiritual.

A arquitetura babilônica tem sua melhor definição na observação da Porta de Ishtar, edificada provavelmente em 575 a.C., uma imponente estrutura de tijolos recoberta de esmalte, a mais majestosa das oito portas que eram usadas como entrada para a Babilônia.

Ela hoje se encontra no Museu Staatliche, na ex-Berlim Oriental. Os Jardins Suspensos também são um exemplo da riqueza arquitetônica característica desta cultura.

Alguns dizem que foram construídos para consolar a esposa dileta de Nabucodonosor II, Amitis, saudosa de sua terra natal, a Média. Infelizmente, não resta nenhum sinal concreto dos jardins. Eles são conhecidos através das detalhadas descrições de historiadores gregos, como Berossus e Diodorus, embora também estes não os tenham visto pessoalmente. Arqueólogos trabalham incansavelmente para encontrar vestígios que indiquem efetivamente sua localização.

Ruinas de um zigurate

Outra construção característica deste povo são os zigurates, templos edificados no alto de uma torre de tijolos.

O acesso se dá por meio de uma rampa, que aparenta pisos cada vez menores. Eles são igualmente conhecidos como Torre de Babel, presente no Gênesis e nele utilizada como símbolo para explicar a origem das diversas línguas e raças existentes.

Na Bíblia, ela é definida como uma concepção humana urdida para se atingir o céu, ou seja, sua construção era uma forma de assumir poderes divinos. Assim, o Homem é punido por sua pretensão – Deus confunde as linguagens, para que cada um fale uma língua diferente, ninguém mais se entende a partir desse momento e seus construtores são disseminados pelo mundo.

Porta de ishtar

Ficheiro:Hanging Gardens of Babylon.jpg

Jardins suspensos da Babilônia

TORRE DE BABEL

Segundo o Antigo Testamento a Torre de Babel foi construída na Babilônia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar os seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Isto provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e espalhou - os por toda a Terra.

Há vários estudos que tentam provar de alguma forma a existência de tal torre. O mito provavelmente é inspirado na torre do templo de Marduk, que em hebraico é Babel e significa “porta de Deus”. No sul da Mesopotâmia há realmente restos de torres que fazem alusão à Torre de Babel da bíblia.

Babel era a capital do Império Babilônico, foi muito rica e poderosa, pois representava um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo, recebendo imigrantes de todas as partes. Grande parte dos arqueólogosfaz a conexão da Torre de Babel com a queda do templo-torre de Etemananki, na Babilônia, que mais tarde seria reconstruído por Nabopolosar e Nabucodonosor II. Esta seria uma construção piramidal escalonada que integraria a construção de grandes torres-templo na Suméria, chamadas de zigurates.

 

Ficheiro:Brueghel-tower-of-babel.jpg

Torre de Babel, por Pieter Brueghel

8 de março de 2011

ARTE NA MESOPOTAMIA - SUMÉRIA

Postado por célia ferrer às 01:54:00 0 comentários
Arte Suméria
Introdução
 
A região da Mesopotâmia (correspondendo aproximadamente aos limites atuais do Iraque), onde o povo Sumério se estabeleceu aproximadamente em 4000 a. C., é um imenso vale, definido por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, que desaguam no Golfo Pérsico.
 Este fértil território foi palco, durante a antiguidade, de inúmeras ocupações, assistindo a uma contínua sucessão de povos (nómadas ou semi-nómadas), de cidades-estados e de impérios, de entre os quais se destacam os Sumérios, os Acádios, os Babilónicos, os Assírios, os Persas.
As primeiras povoações sumérias concentravam-se ao longo dos rios, dedicando-se à agricultura. Mais tarde as aldeias transformam-se em cidades amuralhadas que ganharam estatuto político relativamente autónomo.
 De entre estas destacam-se as cidades de Ur, de Uruk, de Nippur e de Lagash.



A arte suméria alcança um primeiro período de maturidade aquando da ascensão da dinastia de Ur (sediada na cidade do mesmo nome).
 Para além das famosas estruturas arquitetónicas, esta dinastia produziu algumas esculturas, de dimensão média ou pequena, baixos-relevos em estelas (placas de pedra) e objetos utilitários. 
Ao primeiro período dinástico, interrompido aquando da invasão Acadiana, aproximadamente em 2300 a. C., sucedeu, dois séculos depois, a fase neo-suméria, durante a qual algumas das antigas cidades-estados conseguiram restabelecer-se, derrotando os invasores.


Arquitetura

A arquitetura suméria difere da arquitetura egípcia pelo exclusivo emprego de tijolo,
 pois a região era muito pobre em pedra.
 Das muitas estruturas arquitetónicas erguidas por esta civilização, sobreviveram alguns setores urbanos, um conjunto de necrópoles e de templos de grande dimensão, chamados Zigurates.
Na Suméria, cada cidade-estado tinha o seu Deus, constituindo uma obrigação do seu rei, enquanto representante terrestre desse deus protetor, a construção de um local de culto para sua veneração.
 Estes templos, que primitivamente eram pequenas estruturas com forma oval, transformaram-se mais tarde em grandes edifícios, construídos em tijolos de argila secos ao sol.
 Com plantas regulares, de base quadrada ou retangular, eram constituídos por plataformas elevadas, que formavam torres, sobre as quais se erguiam os santuários.
 De entre estas construções destaca-se o Zigurate de Ur-Nammu, o rei fundador da III dinastia de Ur, cerca de 2100 a. C. Formado por uma série de terraços sobrepostos (que de certa forma recordam as pirâmides em degraus da arte egípcia), aos quais se acedia por rampas ou vastas escadarias, este templo apresenta paredes maciças que são ritmadas por saliências e reforçadas por torres. 
Contrariamente aos templos que alcançaram um desenvolvimento tecno-construtivo e formal, os túmulos Sumérios, geralmente enterrados e abobadados no interior, são destituídos de importância em termos arquitetónicos.

ZIGURATE DE UR







Artes plásticas

A estatuária suméria realizada em pedra (geralmente em diorite, um material muito duro e escuro), encontra fortes limitações técnicas pela escassez da matéria-prima, razão pela qual a maior parte das esculturas são de pequena dimensão.
 Bastante idealizadas e estilizadas, as estátuas adaptavam-se formalmente ao bloco de pedra que as originou, pela adoção de volumes geométricos simples que consagraram algumas regras canónicas, como a frontalidade, a simetria e a posição das figuras (de pé ou sentada num trono). Representavam quase invariavelmente figuras isoladas, deuses, altos funcionários (representantes do poder civil e religioso) ou personagens femininas.

GOVERNADOR GUDEA


Para os Sumérios, a estátua substituía o ser representado, servindo essencialmente para rituais de veneração. 
A necessária identificação do personagem era concretizada não só através da inscrição do seu nome na própria escultura mas também pelo cuidado posto na representação do rosto, normalmente desproporcionado em relação ao corpo.
Entre os melhores exemplos de escultura suméria conta-se a série de estátuas em diorite, realizadas no século XXI a. C., representando o governador Gudea, da próspera cidade de Lagash, em várias posições (ora de pé, ora sentado num trono). 
Estas peças apresentam grande homogeneidade de soluções ao nível do tratamento do rosto e dos braços.

GOVERNADOR GUDEA




O relevo sobre pedra (aplicado em rochedos, estelas ou placas), bastante difundido no mundo mesopotâmico, servia intenções essencialmente narrativas e comemorativas. 

Contrariamente à escultura, que representava geralmente figuras isoladas, nos relevos surgiam cenas com várias figuras, evocando os acontecimentos históricos mais significativos de determinada cidade ou dinastia.
 Na "Estela dos Abutres" de Lagash, datada da segunda metade do III milénio, as cenas foram dispostas em planos sobrepostos, formando uma sequência narrativa que articulava texto e imagens.



Estela dos Abutres - comemora a vitória militar da cidade

de Lagash sobre a cidade de Umma, Museu do Louvre.









Tendo sido um dos povos pioneiros no trabalho de metal, os Sumérios levaram esta forma artística a um notável nível de desenvolvimento técnico e estético.
 Muitos exemplares de objetos em ouro, prata, madeira e marfim, geralmente associando ouro e prata foram descobertos em recentes escavações nas principais necrópoles sumérias.



Pintura

Na pintura os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas
, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses.
Os sumérios empregaram a arte musiva(Mosaico) para decorar colunas e paredes.
 Eles usavam pequenos fragmentos esmaltados de cerâmica.
O "Estandarte de Ur"(3500 A.C),
 é considerado pela maioria dos historiadores como o mosaico mais antigo que se tem conhecimento.


ESTANDARTE DE UR
A GUERRA


A PAZ


OS SUMÉRIOS NA PRODUÇÃO DE CEVADA

7 de março de 2011

ARTE NA MESOPOTÂMIA - VISÃO GERAL

Postado por célia ferrer às 23:13:00 1 comentários
A Mesopotâmia é uma região histórica do Oriente Médio (Ásia), incluída no Iraque e banhada pelos rios: Tigre e Eufrates. A palavra mesopotâmia, em grego, significa região entre rios. Estendendo-se desde o Deserto da Síria, até as margens do Golfo Pérsico.
Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerra e dominaram uns aos outros, formando o que denominamos "civilização mesopotâmica". Entre esses povos temos:
Os Sumérios
Os Babilônicos
Os Assírios
Os Caldeus




A escrita

A invenção da escrita é atribuída aos Sumérios.
Eles escreviam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de cunha (V), daí o nome de " escrita cuneiforme" .
Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contratos , enquanto no Egito se usava o papiro.
Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, datada do século X - A.C..
A biblioteca continha cerca de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.









A arquitetura

O edifício característico da arquitetura mesopotâmica é o zigurate.
Era uma construção em forma de torre, composta de sucessivos terraços (sete ) e encimada por um pequeno templo, que era usado para observar o céu.



Nas obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de condições mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.



A Cidade e o Templo
Esquema de uma cidade na Mesopotâmia





A pintura

Na pintura os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses.
tinha ausência das três dimensões, onde ignoravam a profundidade.



MesopotamiaLa pintura fue estrictamente decorativa. Se utilizó para embellecer la arquitectura. Carece de perspectiva, y es cromáticamente pobre: sólo prevalecen el blanco, el azul y el rojo. Se genera un desarrollo de relieve en las artes. siendo pobre en los colores y retratando sacrificios y guerrasBibliografía:Historia de la comunicación Visual - Josef Muller BrockmannHistoria social de la literatura y el arte -  Arnold Hauser

Nos baixos relevos, o uso de conchas, mosaicos vitrificados e madrepérolas se sobressaiam nas colunas e muros.
Na música encontram-se instrumentos gravados em pedras e do seu sistema musical nada chegou até nós.
Na decoração a pedra era esculpida em frisos com motivos circulares e as combinações decorativas obtidas com suas disposições variadas, descendem dos motivos antigos e bizantinos. O gesso entalhado e o estuque, cujo emprego foi amplamente utilizado na Pérsia para revestir as paredes.
A madeira era esculpida e com um sistema de marchetaria encontravam-se nsa portas e sarcófagos.
Na cerâmica os jarros de bronze eram criados com relevos ora lavrados, ora rendilhados com frisos e medalhões em azuis-lazurita, verdes-turquesa, ouro, cinábrios, granadas e rubis.
O vidro era esmaltado, moldado e entalhado na cor vermelha e dourado sobre fundo claro.
O bronze e o cobre e às vezes o ouro eram muito usados nos utensílios ou para simples enfeite para portas.

Na religião os deuses deram destaques:

Anou - deus do Céu
Enki – deus da Terra
Nin-ur-sag – deus da Montanha
Assur – deus Supremo

A relação com os deuses era marcada pela total submissão às suas vontades.



A escultura

As primeiras esculturas encontradas na Mesopotâmia datam de 5000 aC e são em sua maioria figuras que lembram muito as vênus pré-históricas.
No milênio seguinte reflete-se uma estilização das formas tendentes ao naturalismo e são encontradas peças de mármore, tais como bustos, estelas comemorativas e relevos.
As principais estátuas da região da mesopotâmia representam homens em pé, e são chamadas de "oradores", onde destacam-se a face e principalmente os olhos. No entanto, os relevos foram a principal expressão artística da região, não só pelas características artísticas, mas para a compreensão da história e da religiosidade dos povos.
Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos.
Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante.
As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses.
As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo.



Guennol Lioness(Leoa de Guennol), uma figura de calcário de 8,3 
centímetros de altura esculpida há 5 mil anos na Mesopotâmia.








Ourivesaria

Na Mesopotâmia a ourivesaria era uma das atividades artísticas mais importantes.
 Estatuetas de cobre, colares e braceletes, 
assim como utensílios trabalhados em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos variados dada a diversidade de povos que ocupou a região.
as jóias era usadas livremente por homens e mulheres,
 o uso do ouro era comum e também as pedras como a cornalina e o lápis lazuli.
Usavam muito a  fitas para o cabelo feito de folhas de ouro fino,
 tornozeleiras, anéis de cabelo de prata, pingentes,
 medalha de ouro com a elaboração de filigrana, anéis, selos cilíndricos e amuletos.

brincos (600 aC)


brincos


Colar de ouro mesopotâmico produzido entre os séculos 17 e 16 a.C.



Divindade mesopotâmica.
I milênio a.C.



Capacete de guerreiro em forma de peruca.
As fechaduras e cachos são martelados em relevo.
Cerca de 2450 a.C.; Museu do Iraque, Bagdá.





Música e Dança

A música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à religião.

Recriação eletrônica da música na Babilônia



Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões:
 " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", 
seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação:
 "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade.
 Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha.
 A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis.


 Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
O canto também tinha ligações com a magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.
A dança, que é o gesto, o ato reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança.
 Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:
 há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc
.
Danças rituais têm sido representadas em monumentos da Ásia Ocidental, Suméria. 
Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança.
 Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de Ur).
Em casos de possessão os serviços religiosos contavam com dançarinos, atores e músicos.
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